quinta-feira, 28 de junho de 2012

UMA PARTE DE MIM







                                                                   

                                                               

                                                                           
 

      Minha família e meus amigos que fazem tão feliz nestes 20 anos de vida amo vocês 

A QUALIDADE DE VIDA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA FÍSICA



Todos sabem que a prática de atividades físicas é de grande eficácia para a promoção da saúde e bem-estar, não diferente para pessoas portadoras de deficiências ou mobilidade reduzida.
Como para todos, os portadores de deficiências devem iniciar devagar, fazer três sessões de 10 minutos diariamente ou uma única sessão de 30 minutos.

Pessoas sedentárias devem começar com intervalos de atividade entre 5 a 10 minutos e aumentar gradativamente.
Quanto mais exercícios físicos fizerem mais o corpo corresponde e o retorno será uma vida saudável, independente e prazerosa. Mesmo aqueles que precisem de auxílio para realizar exercícios, devem ter sempre em mente que ele é o responsável pelos cuidados com seu corpo.
Independentemente da modalidade escolhida é essencial fazer sempre algo que goste e que dê prazer ao realizá-lo.
A prática de atividades físicas pelos portadores de deficiência proporcionará e poderá:
  • estimular a independência e autonomia;
  • melhorar a socialização com outros grupos;
  • melhorar a auto-valorização, a auto-estima e a auto-imagem;
  • a melhoria das funções organo-funcionais (aparelho circulatório, respiratório, digestivo, reprodutor e excretor);
  • melhoria na força e resistência muscular global;
  • melhora no equilíbrio estático e dinâmico;
  • manutenção e promoção da saúde;
  • desenvolvimento de habilidades motoras e funcionais para melhor realização das atividades de vida diária;
  • aprimoramento da coordenação motora global;
  • superação de situações de frustração;
  • experiência com suas possibilidades, potencialidades e limitações.
  • Com tantos benefícios conheça agora algumas modalidades que poderão ser praticadas por você ou sugeridas para alguém que conheça:
    Judô: segue as mesmas regras da Federação Internacional de Judô, com pequenas alterações por ser praticado por portadores de deficiência visuais, sendo assim a punição por pisar fora do tatame não ocorre. No começo da luta a pegada é feita pelo juiz e o atleta não pode mais mudar de posição, e toda vez que acontecer a separação dos atletas o combate é interrompido. A prática deste esporte consiste em que saber utilizar a força do adversário é mais importante do que aplicar a própria força.
    Natação: esta modalidade é voltada para amputados, portadores de paralisia cerebral, deficiências visuais, paraplégicos e outros.
    As competições são divididas de acordo com as deficiências dos atletas que são três: visuais, deficientes físicos e deficientes cerebrais. As regras são as mesmas utilizadas pela Federação Internacional de Natação com a diferença de o atleta ter a escolha de largar na plataforma ou dentro d’água em algumas provas.
    Tiro: para amputados, portadores de paralisia cerebral e cadeirantes.
    Nesta modalidade os atletas atiram de posições diferentes daquelas determinadas pelas normas internacionais. Os atiradores podem praticar os seus disparos sentados ou em pé devido a um sistema que equipara as chances dos atletas.
    Bocha: para portadores de paralisia cerebral.
    Os jogadores precisam colocar suas bolas o mais perto possível da bola branca que é o alvo e também tirar de perto dela as bolas do adversário. É um jogo de precisão e estratégia e por ser praticado somente por deficientes cerebrais os jogadores podem receber orientações de seus treinadores, sendo esta feita de maneira acústica.
    Vela: modalidade voltada para amputados, cadeirantes, portadores de deficiência visual, paralisia cerebral e outros.
    Apenas duas classes são disputadas: a Sonar composta por três atletas e a pontuação varia de 1 a 7, dadas de acordo com o grau de deficiência. Cada uma das equipes não pode ultrapassar a marca de 12 pontos. A outra classe é a 2,4mR disputada por apenas um velejador em cada barco.
     

       cada um de nós podemos dançar desde que a gente tenha um excelente profissional de dança . Não importa se você é deficiente físico , andante ou tenha qualquer outro tipo de deficiência física . O que importa mesmo é gostar da atividade que você esta praticando e o principal ter um excelente relacionamento de amizade entre o aluno e o professor . Dê carinho , atenção e na hora que ele precisar de você  do seu gesto de amizade  e o principal a sua dedicação durante a aula. Exemplo disso sou eu pois faço aula de dança na Cia Holos de Dança . Na faculdade Universo
    Na Cia Holos de Dança temos três excelentes coreógrafos. Soyane Vargas coreógrafa e Diretora , Guilherme Almeida Coreógrafo e Dayana Santos Coreógrafa . Este trio é um trio de sucesso com eles três no comando todos os bailarinos arrasam 

    terça-feira, 26 de junho de 2012

    A SUPERAÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA FÍSICA ATRAVÉS DA DANÇA EM CADEIRA DE RODAS



    Representações da dança inclusiva com
    cadeira de rodas para pessoas com deficiência
    Representaciones de la danza inclusiva con silla de ruedas para personas con discapacidad
    *Professora mestre em educação pela UERJ
    **Licenciatura plena em educação física pela UNIVERSO
    ***Acadêmica de educação física e fisioterapia na UNIVERSO
    (Brasil)
    Prof. Ms. Soyane de Azevedo Vargas do Bomfim*
    José Guilherme de Andrade Almeida**
    Dayana Ferreira dos Santos***
    soya@oi.com.br




    Resumo

              A dança inclusiva com cadeira de rodas que tem como objetivos ampliar as possibilidades de aprendizagens, o acesso à arte e contribuir para construção da cidadania, pode vir a ser um instrumento importante de transformação na vida das pessoas com deficiência. No entanto, quais seriam os desafios a serem superados, para que de fato os objetivos possam ser atingidos? Por outro lado, quais seriam as possibilidades que a dança inclusiva com cadeira de rodas oferece, que podem incentivar a adesão e a permanência das pessoas com deficiência nessas aulas de dança? Realizamos um estudo de caso de caráter exploratório, por meio de entrevista semiestruturada, com alunos e alunas de um projeto de dança inclusiva com cadeira de rodas. Aplicamos o método de análise de conteúdo de Bardin e obtivemos as seguintes categorias para os desafios: cadeira de rodas (10), incompatibilidade entre os praticantes (01), dificuldades externas à instituição (13), técnica da dança (12), estrutura organizacional da instituição (02) e, não identificou dificuldades (01). Já nas possibilidades, as categorias foram: melhor sensação de bem estar (22), melhor relação com o próprio corpo (23), melhoria no relacionamento social (12), praticar atividade física (01), aquisição de conhecimentos (11), profissionalizar-se em dança (04) e, realização de um sonho (02). Foi possível inferir que, com a maior incidência de categorias e das unidades de registro do item possibilidades, o projeto de dança inclusiva com cadeira de rodas possui grandes chances de atingir os objetivos propostos, como: ampliar as possibilidades de aprendizagens; proporcionar acesso à arte e, contribuir para construção da cidadania das pessoas com deficiência.

              Unitermos: Dança inclusiva. Pessoa com deficiência. Cidadania.

    EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 167, Abril de 2012. http://www.efdeportes.com/

    1 / 1 
    José Guilherme de Andrade Almeida, Soyane de Azevedo Vargas do Bomfim y Dayana Ferreira dos Santos
    Introdução
        “A dança é, antes de tudo, livre e deve ser acessível a todos” (ROHR, 2011).
        A dança inclusiva com cadeira de rodas é uma possibilidade de se desenvolver a arte da dança através de seus diversos estilos, como forma de comunicação e expressão, além de ser um excelente meio de prática de atividade física e integração entre pessoas com e sem deficiência, usuárias e não usuárias de cadeira de rodas.
        Segundo o Decreto 6949/2009, pessoas com deficiência são:
        “[...] aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas” (Decreto-Lei 6.949 de agosto de 2009).
        No que tange a dança para pessoas com deficiência, alguns autores têm investigado esse tipo de trabalho, como Rosângela Bernabé (1997); Suzana Martins (2000); María Fux (2005); Elizabeth Mattos (2001); Maria do Carmo Rossler Freitas e Rute Estanislava Tolocka (2005); Eliana Lucia Ferreira (2003) e Nadja Ramos de Ávila (2005); Edeilson Matias da Silva (2006), Soyane Vargas (2008), Michele Barreto (2011), entre outros. Assim, pretendemos com esse artigo identificar alguns aspectos dessa prática, na visão das pessoas com deficiência, praticantes de dança inclusiva com cadeira de rodas e contribuir para estudos posteriores nessa área do conhecimento.
        A dança inclusiva com cadeira de rodas, que tem como objetivos ampliar as possibilidades de aprendizagens, o acesso à arte e contribuir para construção da cidadania, pode vir a ser um instrumento importante de transformação, na vida das pessoas com deficiência. No entanto, quais seriam os desafios a serem superados, para que de fato os objetivos possam ser atingidos? Por outro lado, quais seriam as possibilidades da dança inclusiva com cadeira de rodas, que podem incentivar a adesão e a permanência das pessoas com deficiência nas aulas de dança?
        Nesse sentido, nossa pesquisa tem como objetivos:
    • Identificar os principais desafios enfrentados pelas pessoas com deficiência, praticantes de dança inclusiva com cadeira de rodas e,
    • Reconhecer as possibilidades que a prática da dança inclusiva com cadeira de rodas pode proporcionar para essas pessoas.
        Esses objetivos pretendem verificar se a dança pode ser um importante meio de inclusão social para as pessoas com deficiência. Entendemos sua importância e acreditamos também no potencial inclusivo pela arte, mas desejamos conhecer a percepção dessas pessoas.
        Esses objetivos pretendem verificar se a dança pode, de fato, ser um importante meio de inclusão social para as pessoas com deficiência. Entendemos sua importância e acreditamos também no potencial inclusivo pela arte, mas desejamos conhecer a percepção dessas pessoas. Acreditamos também que o processo de inclusão deve ir além do modismo e do discurso, porque é uma questão de direito, de cidadania. Compreendendo que as diferenças nos tornam pessoas únicas (PEDRINELLI, VERENGUER In GORGATTI, COSTA, 2005), devemos não só reconhecer e respeitar as diferenças, identificando potencialidades e limites, mas principalmente incentivar o:
        “[...] pleno desenvolvimento do potencial humano e do senso de dignidade e auto-estima, além do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos, pelas liberdades fundamentais e pela diversidade humana [...]” (Decreto-Lei 6.949 de agosto de 2009)
        O processo de inclusão, dinamizado por meio da arte, pode possibilitar uma maior percepção das potencialidades, das capacidades e das possibilidades que todo ser humano possui, quando reconhecemos as limitações e desvantagens, mas não nos focamos nelas, temos maior chance de garantir direitos humanos e sociais para melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência (ibid).

        Nesse sentido, entendemos a dança como um importante instrumento de inclusão social e expressão das potencialidades e capacidades das pessoas com deficiência. Para estimular a expressividade, por exemplo, nada melhor que investir nas atividades lúdicas e exploratórias, além de utilizar a técnica da dança como um meio e não um fim (NEVES In OMMENSOHN e PETRELLA, 2006).
        “Por meio de atividades lúdicas e exploratórias, o aluno entra em contato com o próprio corpo e suas possibilidades de movimento, desenvolvendo assim a consciência corporal. Além de desenvolver o senso pessoal, objetivamos ajudar no reconhecimento das potencialidades de cada um e desenvolver o raciocínio, aprendendo a usar os movimentos para exprimir idéias, pensamentos e emoções.” (ibidp.240)
        A dança pode ampliar o repertório de movimento cada pessoa, a consciência corporal, a coordenação motora e o equilíbrio; fortalecer a identidade do indivíduo, facilitar a percepção dos limites do outro e estabelecer a integração entre o indivíduo e a sociedade (id):
        A dança também pode ser desenvolvida com alegria, harmonia para melhor fluência de movimentos proporcionando melhoria da autoconfiança e da autoestima. Com base nos estudo de Laban, Renata Neves (2006) ressalta que:
        “É importante notar que o próprio Laban enfatizava a importância do trabalho corporal com indivíduos deficientes. Ele ressaltava principalmente dois objetivos: o estabelecimento de um ‘repertório de movimento’ balanceado e a normalização do ritmo vital.” (p. 239)
        Outros estudos como os de Dionízia Nanni (2008) nos revelam que, ao ministrar aulas de dança com métodos proativos e ações conscientizadoras, os participantes tornaram-se mais conscientes das induções de sua própria problemática corporal na relação com o outro; atenuaram ou conseguiram ultrapassar as resistências de modo a se apresentar corporalmente disponível e adaptável às suas necessidades e a do outro e, estabeleceram mudanças da postura corporal, pela fluência, amplitude e extensão dos movimentos, tanto em nível individual quanto coletivo.
        Com a pessoa com deficiência não é diferente, ao incluir essas pessoas nas aulas de dança, possibilitamos também importante e fundamental mudança de paradigma inclusive em relação à própria dança.
        Nesse sentido, defendemos a relevância do nosso estudo, pois além da divulgação e ampliação dessa área do conhecimento para atuação dos profissionais de dança e educação física, estaremos também em sintonia com uma sociedade mais justa e inclusiva.
    Método

        Realizamos um estudo de caso de caráter exploratório, por meio de entrevista semiestruturada com 14 alunas e 02 alunos com deficiência de um projeto de dança inclusiva com cadeira de rodas, com faixa etária de 16 a 39 anos de idade.
    Tabela 1
        Para tratamento dos dados, aplicamos o método de análise de conteúdo de Bardin (2002)agrupando em grandes categorias todas as informações obtidas, nas entrevistas realizadas. Nosso objetivo é identificar quais os principais desafios enfrentados pelos praticantes para alcance dos objetivos da dança inclusiva com cadeira de rodas e, também, quais as possibilidades percebidas por essas pessoas para aquisição de novas aprendizagens, acesso à arte e construção de cidadania, por meio dessas aulas.
        No item desafios obtivemos as seguintes categorias:
    1. Cadeira de rodas.
    2. Técnica da dança.
    3. Dificuldades externas à instituição.
    4. Estrutura organizacional da instituição.
    5. Incompatibilidade entre os praticantes.
    6. Não identificou dificuldades ou desafios.
        Já no item possibilidades agrupamos nas seguintes categorias:
    1. Melhor sensação de bem-estar.
    2. Melhor relação com o próprio corpo.
    3. Melhoria no relacionamento social.
    4. Praticar atividade física.
    5. Aquisição de conhecimentos.
    6. Profissionalizar-se em dança.
    7. Realização de um sonho.
        Duas questões configuram as limitações de nossa pesquisa:
    1. Nossa pesquisa não representa a totalidade do universo da dança inclusiva com cadeira de rodas e,
    2. Entrevistamos apenas as pessoas com deficiência, para que possamos analisar a importância da dança especificamente para essas pessoas.
        No entanto, nosso estudo pode fornecer informações importantes, a fim de serem utilizadas para futuras comparações com outros estudos nessa área do conhecimento e servir de base para orientar outros projetos/práticas com o mesmo caráter.

    Resultados obtidos


    Dados - interpretação


    1.     Desafios

        Categorias que representam os desafios da dança inclusiva com cadeira de rodas no projeto analisado:

    Tabela 2
        Na categoria cadeira de rodas obtivemos as seguintes informações: quatro (04) pessoas afirmaram que a cadeira utilizada para as aulas é muito desconfortável, para a prática de dança inclusiva com cadeira de rodas. Outro item recorrente, em quatro (04) das entrevistas, foi a má mobilidade da cadeira de rodas dificultando o toque, consequentemente, a aprendizagem de coreografias. Além disso, a falta de cadeira de rodas elétrica, para aquelas pessoas com deficiência que não conseguem tocar a cadeira, foi observada por um (01) dos entrevistados. Um outro entrevistado afirmou que o membro inferior acometido pela deficiência, atrapalha o deslocamento da cadeira de rodas em determinados momentos, dada a inadequação da cadeira.
        Na categoria incompatibilidade entre os praticantes identificamos apenas um indivíduo. Entendemos que este fato isolado é significante para influenciar no desenvolvimento da dança inclusiva com cadeira de rodas, no entanto, esse pequeno resultado pode demonstrar que a socialização ocorrida através das aulas de dança é muito superior a esse problema de ordem pessoal. O que coaduna com nosso referencial teórico que entende a prática da dança inclusiva com cadeira de rodas como um importante instrumento de inclusão social das pessoas com deficiência (NEVES In OMMENSOHN e PETRELLA, 2006).
        A categoria dificuldades externas à instituição destacou-se em 12 das 16 entrevistas. Nessas afirmativas, é importante ressaltar alguns empecilhos encontrados pelas pessoas com deficiência, tais como: 1) dificuldades com o transporte adaptado – seja pelo número reduzido de veículos, seja pelo não funcionamento de elevadores; 2- ruas e calçadas inadequadas para o deslocamento de cadeiras de rodas e/ou andador. Esses fatos também são observados por GORGATTI (2008):
        “Grande empecilho para a disseminação da prática do esporte adaptado provavelmente é a falta de transporte e de instalações adaptadas para receber pessoas portadoras de deficiência. A situação dos transportes públicos brasileiros é precária quando se pensa em adaptações para pessoas com limitações, sobretudo se forem motoras. Esse fator dificulta o acesso dos possíveis atletas ao local de prática” (p.567).
        Ainda nessa categoria, faz-se presente o relato de um indivíduo que possui outro tipo de dificuldade em participar das aulas: a distância entre a escola e o local das aulas, sempre faz com ele chegue atrasado para as aulas de dança. Assim, se tivéssemos mais locais que oferecem esse tipo de atividade, esse aluno poderia frequentar um local mais próximo de sua residência ou escola.
        Na categoria técnica da dança obtivemos o relato de duas (02) pessoas que possuem dificuldades em encontrar um parceiro não usuário de cadeira de rodas, algo importante, mas não fundamental para o desenvolvimento da técnica da dança inclusiva com cadeira de rodas. No entanto, consideramos esse fato muito importante para o processo de integração e socialização de pessoas com e sem deficiência. Outra questão recorrente em sete (07) entrevistas foi a dificuldade para memorizar as sequencias coreográficas e alguns movimentos mais complexos. Esse fato pode ser reflexo do baixo nível de estímulos motores recebidos na estimulação precoce ou ter relação com a própria deficiência. Também identificamos uma (01) pessoa que relatou ter dificuldades com o ato criativo e, outro, na capacidade de expressão que a dança exige.
        Na categoria estrutura organizacional da instituição, um (01) indivíduo relatou dificuldades com os horários oferecidos para aulas de dança inclusiva com cadeira de rodas. E isto pode impedir a adesão e a permanência de outras pessoas na mesma situação. Outra questão diz respeito ao pouco interesse demonstrado pela direção da instituição em investir na profissionalização da dança inclusiva com cadeira de rodas, consideramos a profissionalização também importante porque pode configurar mudança de paradigma na dança de modo geral e na sociedade.
        A última categoria do item desafios não identificou dificuldades denota que a declaração de um (01) dos entrevistados, pode representar a sua reduzida capacidade crítica ou a sua boa capacidade de adaptação a novos desafios. Com os dados coletados não foi possível inferir sobre esse item.
    2.     Possibilidades
        Categorias que representam as possibilidades da dança inclusiva com cadeira de rodas no projeto analisado:
    Tabela 3
        Na categoria melhor sensação de bem estar encontramos doze (12) relatos de sensação de felicidade, pela possibilidade de dançar. Sete (07) pessoas afirmaram melhoria em sua saúde e qualidade de vida, no que se refere ao sono, alimentação, sistema excretor e sistema imunológico, indicando que os elevados benefícios de cunho fisiológicos presentes na prática regular de atividades físicas estão também presentes para as pessoas com deficiência, na dança inclusiva com cadeira de rodas. Um dos entrevistados relatou a redução de dores provenientes de sua deficiência, indicando que a dança como prática de atividade física trouxe benefícios importantes. Um outro entrevistado afirmou ter reduzido seu nível de estresse e agitação, depois que passou a freqüentar as aulas de dança.
        Na categoria melhor relação com o próprio corpo, identificamos quatro (04) relatos de mudança de comportamento em relação aos cuidados corporais; oito pessoas (08) afirmaram ter elevado sua autoestima, aumentado a vontade de se produzir melhor e ter desenvolvido maior aceitação do próprio corpo. Outra questão é o aumento da sensação de independência e maior confiança para realização das atividades da vida diária, observada em cinco (05) entrevistas. Seis (06) pessoas perceberam melhor movimentação ao caminhar ou tocar cadeiras, proporcionando maior autonomia. Sabemos que as pessoas com deficiência que praticam atividades físicas passam a gostar mais de seu corpo e a perceberem que as tarefas, que antes julgavam impossíveis, podem ser realizadas (GORGATTI, 2008).
        Na categoria melhoria no relacionamento social identificamos os seguintes depoimentos: oito (08) entrevistados relataram que praticar dança possibilitou a realização de novas amizades e outros dois (02), disseram ter reencontrado antigas amizades. Ficou evidente nessas afirmações que a prática da dança favoreceu a integração social daquelas pessoas. Outra fala evidenciada por uma pessoa foi a possibilidade de conhecer pessoas com a mesma deficiência, algo que acreditamos ser muito relevante para compartilhar experiências, recursos e possibilidade de incentivo à superação. Ainda nesta categoria, um dos entrevistados afirmou melhoria no relacionamento familiar e despertando assim seu desejo de constituir família. Outro relato se refere à boa atuação dos professores como incentivadores dos praticantes, ratificando o ideário do professor mediador de novas aprendizagens.
        A categoria praticar atividade física foi identificada no depoimento de um dos entrevistados, que percebeu na dança uma atividade física, capaz de lhe proporcionar bem estar.
        Na categoria aquisição de conhecimentos, observamos que a dança pode ir além da comunicação e expressão artística ou espontânea, mas também proporcionar aos praticantes experiências diversas, como a possibilidade de conhecer lugares diferentes através das apresentações que são realizadas. Outra pessoa entrevistada utilizou os conhecimentos adquiridos nas aulas, para ensinar sua família a dançar. Esses dois fatos evidenciam uma mudança de paradigma muito interessante, já que até bem pouco tempo a dança não era concebida dessa forma mais autônoma para pessoas com deficiência. Ainda nesta categoria, quatro (04) entrevistados declararam que após aderirem às aulas de dança inclusiva com cadeira de rodas, sentiram-se mais motivados a buscar seu ‘crescimento’ pessoal, voltando a estudar e galgando ‘novos horizontes’. GORGATTI (2008) em sua pesquisa também identificou essa motivação em atletas que, após iniciarem uma prática esportiva, sentiram-se motivados para voltar a estudar, sair de casa, namorar e trabalhar.
        Na categoria profissionalizar-se em dança, encontramos quatro (04) pessoas que desejam profissionalizar-se, almejando reconhecimento dessa arte. Desejam também divulgar a dança inclusiva com cadeira de rodas para outras pessoas. Esse fato demonstra a necessidade de acessibilidade a cursos de dança inclusiva com cadeira de rodas, abertura de espaços para essas apresentações e o reconhecimento desse tipo de trabalho como modalidade artística.
        Na categoria realização de um sonho, em uma das entrevistas, uma pessoa relatou que sempre achou que a deficiência a impediria de dançar, isso a deixava triste porque sempre gostou de dança. Ter a possibilidade de dançar com cadeira de rodas para ela foi a realização de um sonho. Outro entrevistado comparou a possibilidade de dançar com a de cantar. Ou seja, descobriu que a arte é para todas as pessoas, com e sem deficiência.

    Considerações finais

        Em nossa pesquisa foi possível ratificar que a dança inclusiva com cadeira de rodas proporciona muitos benefícios aos seus praticantes com deficiência, reconhecendo-os como sujeitos integrais capazes de expressar suas potencialidades. No entanto, algumas questões referentes à acessibilidade foram destacadas, como fatores que podem prejudicar muito o desenvolvimento desse tipo de trabalho.
        Inferimos que, com a maior incidência de categorias e das unidades de registro do item possibilidades, o projeto de dança inclusiva com cadeira de rodas possui grandes chances de atingir os objetivos propostos, como: ampliar as possibilidades de aprendizagens; proporcionar acesso à arte e, contribuir para construção da cidadania das pessoas com deficiência.

    Referências

    • ÁVILA, N. R. de. O sentido subjetivo da dança sobre rodas. Brasília: [s.n.], 2005. ix, 120 f. il. Dissertação (mestrado). Faculdade de Educação, Universidade de Brasília.
    • BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Trad. Luís Antero Reto e Augusto Pinheiro. Lisboa: Edições 70, 2002.
    • BARRETO, Michelle Aline. Dança esportiva em cadeira de rodas: construção/constituição, equívocos e legitimidade. 2011, Dissertação (Mestrado em Educação Física) Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2011.
    • BERNABÉ, R. Dança e deficiência: proposta de ensino. Campinas, SP: [s.n.], 2001. 97 p. il. Dissertação (mestrado). Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, 2001.
    • BRASIL. Casa Civil. Decreto-Lei 6.949. Promulgação da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, 2009.
    • FERREIRA, Eliana Lucia. Corpo-movimento-deficiência: as formas dos discursos da/na dança em cadeira de rodas e seus processos de significação. Tese de doutorado. Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Física. Campinas, 2003.
    • FREITAS, M. do C. Rossler; TOLOCKA, Rute Estanislava . Desvendando as emoções da dança esportiva em cadeiras de rodas. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, São Caetano do Sul, SP, v.13, n. 4, p. 41-46, out./dez. 2005.
    • FUX, M. Depois da queda... dançaterapia! Tradução: Ruth Rejtman, Fotos: Andrés Barragán. São Paulo: Summus, 2005. 99 p. il. Tradução de: Después de la caída... continúo con la danzaterapia!
    • GORGATTI, Márcia Greguol; COSTA, Roberto Fernandes da. Atividade Física Adaptada: qualidade de vida para pessoas com necessidades especiais – 2ª ed. ver.e ampl. Barueri, SP: Manole, 2008
    • MARTINS, S. Sobre rodas...?: exemplo de singularidade. In: Bião, Armindo; Pereira, Antonia; Cajaíba, Luiz Cláudio; Pitombo, Renata (org.). Temas em contemporaneidade, imaginário e teatralidade. São Paulo: Annablume, 2000. p. 266-268. Outra imprenta: Salvador: GIPE-CIT.
    • MATTOS, E. de. Perspectivas das pesquisas em dança em cadeira de rodas. Conexões: Educação Física, Esporte, Lazer, Campinas, SP, n. 6, p. 75-77, 2001.
    • NANNI, Dionísia. A Dança Educação – Princípios, métodos e técnicas. Rio de Janeiro: 5ª edição: Sprint, 2008.
    • NEVES, Renata M. S. Dança é para todos. In: OMMENSOHN, M. E PETRELLA, P. Reflexões sobre Laban: o mestre do movimento. – São Paulo: Summus, 2006.
    • PEDRINELLI, V.J.; VERENGUER, R.C.G. Educação Física Adaptada: introdução ao universo das possibilidades. In: GORGATTI, M.G.; COSTA, R.F. (Orgs.). Atividade Física Adaptada: qualidade de vida para pessoas com necessidades especiais. Barueri: Manole, 2005.
    • ROHR, CRISTINA MARINHO. Ensaios da Dança, reflexões e citações para profissionais, educadores e amantes da dança. Rio de Janeiro: Prestígio, 2011. 
    • SILVA, E. M. da. Para além da dança: o caso Roda Viva. Natal: [s.n.], 2006. 130 f. il. + anexos. Dissertação (mestrado). Centro de Ciências Sociais, Universidade Federal do Rio Grande do Norte.


                                                             A Cia Holos de Dança 
    sabe muito bem o significado da palavra superação cada um dos bailarinos tem a sua história de superação . A Cia Holos de Dança é composta por oito integrantes na Cia e no projeto social somos em quatro no projeto social no total somos em doze a Cia Holos de Dança tem três coreógrafos Soyane Vargas , Guilherme Almeida e Dayana Santos . A cada coreografia é um desafio . E a cada ensaio uma superação . Soyane , Guilherme e Dayana são a prova disso eles ajudam o grupo  a superar a cada dia os nossos limites e a chegar a qualquer lugar 

    sexta-feira, 22 de junho de 2012

    EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE ADAPTADO




    Introdução


        O esporte adaptado foi idealizado pelo médico inglês Sir Ludwing Guttmann, neurologista e neurocirurgião, no ano de 1944. Sir Ludwing desenvolvia suas atividades profissionais no centro de lesados medulares do Hospital de Stoke Mandeville e desenvolveu um programa de recuperação para seus pacientes envolvendo uma série de modalidades desportivas.
        Outro marco importante do processo de implantação e evolução dos esportes adaptados foi um grupo de lesados da Segunda Guerra Mundial, com problemas de lesões medulares, amputações e mutilações. O mesmo iniciou a prática de atividades esportivas com o objetivo de esquecer o horror vivido durante a guerra. O que na época tinha como único objetivo restabelecer emocionalmente as lembranças dos campos de batalha e enfrentar as conseqüências da vida pós-guerra transformou-se em algo muito além de meros exercícios fisioterápicos. Virou uma nova razão de viver, descobrindo novos horizontes, perspectivas e oportunidades para os deficientes físicos.
        A prática de modalidades esportivas adaptadas no Brasil teve início após o ano de 1950, onde o carioca Robson Sampaio de Almeida fundou o clube do otimismo e o paulista Sérgio Serafim Del Grande fundou o clube dos paraplégicos. Os mesmos tornaram-se deficientes físicos em acidentes e procuraram reabilitação nos Estados Unidos. E, após a participação em diversas modalidades esportivas como parte integrante do programa de recuperação, retornaram ao Brasil e fundaram instituições com o objetivo de auxiliar a recuperação de outros deficientes.
        Desde então, de forma muito lenta e desconfiada inicialmente e de certa forma mais acelerado nos últimos anos, o movimento do esporte adaptado para deficientes tem ganhado campo e trilhado um caminho estabelecido pelos órgãos internacionais em convenções da área. Este caminho contempla a incorporação e efetivação de orientações e a busca de evoluções nos diversos campos do conhecimento do esporte adaptado, conseguindo assim uma participação cada vez mais efetiva e consistente neste campo de atuação.
    Objetivos e benefícios de um programa regular de esporte adaptado
        A prática regular de um programa de exercícios físicos ou prática esportiva por pessoas com deficiência física pode ter três objetivos distintos: lazer, competição ou terapêutico.
        O deficiente pode praticar exercícios ou esportes simplesmente pelo fato de lazer ou diversão, da mesma forma que a maioria das pessoas tidas como normais. Pode ainda, aperfeiçoar esta prática, treinar e evoluir consideravelmente até participar de competições desportivas da modalidade em questão. Ou, pode estar inserido na prática de esportes ou exercícios como forma de recuperação física, emocional e até mesmo social.
        O deficiente físico, quando pratica um programa regular de exercícios físicos, é beneficiado de diversas formas:
    • A espasticidade de Paralizados Cerebrais pode ser reduzida pela prática esportiva, assim como também ocorre melhorias na coordenação motora geral e no equilíbrio;
    • No que se refere à compensação ou regeneração de distúrbios de ordem psíquica, sabe-se que a prática regular e bem orientada de exercícios físicos e modalidades esportivas estimula, entre outras, a produção de endorfinas e catecolaminas responsáveis, respectivamente, por sensações de bem estar e pelo combate à depressão;
    • Melhora da motivação, da autonomia e auto-estima, pois o esporte possibilita ao deficiente perceber-se saudável e livre de doenças;
    • Alívio de dores musculares, lombares e demais dores corporais;
    • Diminui o percentual de gordura e auxilia no controle do peso corporal;
    • Melhora da força muscular, capacidade respiratória e flexibilidade;
    • Fortalece ossos, músculos, tendões e articulações;
    • Melhora a capacidade cardiovascular;
    • Atua na regulação hormonal e enzimática;
    • Diminui os índices do colesterol ruim e triglicerídeos e aumenta os índices do bom colesterol;
    • Diminui os sintomas de ansiedade e incapacidade;
    • Diversos outros benefícios proporcionados pela prática regular de exercícios físicos e esportes.
    Educação Física e esporte adaptado
        A maior parte dos deficientes físicos pode e deve se beneficiar da prática da educação física e modalidades esportivas adaptadas. O grau e o tipo de deficiência, educabilidade e histórico motor, nível de interesse, metas e objetivos educacionais gerais determinam as modificações e as adaptações necessárias (WINNICK, 2004).
        A segurança dos alunos no momento da execução de exercícios ou da prática de esporte, juntamente com o acompanhamento de perto pelos professores das atividades realizadas, asseguram o primeiro estágio de desenvolvimento dos participantes.
        Como a maioria dos problemas apresentados é de origem médica, é importante que os professores de educação física mantenham contato direto com os profissionais de saúde que atendem os deficientes para prescreverem programas que supram suas necessidades especiais.
        O professor de educação física, antes de prescrever qualquer exercício, esporte ou atividade física deve realizar uma avaliação física de seu aluno, visando detectar possíveis problemas orgânicos, motores, antropométricos e fisiológicos como falta de flexibilidade, incapacidade de sustentar atividade aeróbica, capacidade respiratória, limites cardíacos, a falta de força e resistência para erguer o corpo, transferi-lo de forma independente, ou para erguer o corpo para prevenir úlceras de decúbito (escaras), força e resistência para impulsionar a cadeira de rodas ou se locomover com auxílio de muletas, próteses e porcentual de gordura (GORGATTI E COSTA, 2005).
        Para participar de um programa de exercícios físicos ou para a prática de modalidades desportivas, seja com o objetivo de lazer, competição ou terapêutico é obrigatório que a pessoa com deficiência física se submeta a uma avaliação médica e funcional para que sejam detectadas, principalmente, as condições secundárias de saúde, que normalmente são fatores limitantes para essas práticas, tais como: infecções, febre, alterações acentuadas de temperatura corporal, dermatites, escaras, dor sem causa conhecida, recuperação após cirurgias e fraturas.
        Antes de inserir o deficiente em atividades esportivas ou em programas de exercícios deve-se observar o princípio da adaptação, ou seja, deve-se proporcionar a prática de atividades introdutórias à modalidade. O deficiente lentamente vai realizando exercícios leves, simples e básicos que lhe proporcionarão a base da prática esportiva. Outro ponto importante que deve ser observado é em relação aos equipamentos e aparelhos a serem utilizados na execução do programa de exercícios ou na prática da modalidade esportiva.
        Como exemplo de instrumento para a prática esportiva será abordada a cadeira de rodas. Para alunos usuários de cadeira de rodas, deve haver inicialmente uma adaptação a esse novo instrumento ou equipamento, através de atividades específicas a serem praticadas na cadeira. O treinamento deve englobar exercícios para aprimorar a propulsão da cadeira nas diversas situações como: para frente, para trás, em curvas, com obstáculos, em terrenos acidentados, movimentação lenta, média, acelerada. O importante do treinamento, é que o aluno torne-se íntimo da funcionalidade e estrutura da cadeira e do seu controle sobre ela antes de iniciar a prática da modalidade especificamente. Esse procedimento evitará acidentes, quedas e possíveis lesões e fraturas.
    Acessibilidade
        Existem diversos problemas que impedem a participação em programas de exercícios e esportes. Um dos maiores, senão, o maior de todos para a participação em programa de exercícios físicos e esportes para pessoas com deficiência, é a acessibilidade. A maioria das pessoas deficientes interessadas em praticar esportes, mesmo tendo conhecimento e desejo de participar, não o conseguem, pois se chegam ao local, muitas vezes não conseguem acesso às instalações.
        Os padrões e critérios de acessibilidade são ditados pela ABNT e visam proporcionar às pessoas com deficiência física e àquelas com capacidade ambulatória reduzida, condições adequadas e seguras de acessibilidade autônoma aos banheiros, portas, corredores e áreas de transferência e aproximação. Além disso, ainda permitir o acesso às áreas de circulação indispensáveis e proporcionar segurança para as pessoas com deficiência.
    Critérios de adaptação aos esportes e exercícios
        Os critérios e adaptações sugeridas a seguir não formam uma espécie de receituário e muito menos devem ser encarados como obrigatórios para todos os jogos e práticas desportivas. Apenas, são soluções e caminhos que podem ser trilhados dependendo da atividade a ser desenvolvida e do tipo de deficiência.

    1.     Espaço

        Aconselha-se delimitar os espaços destinados para a prática esportiva com o propósito de compensar as dificuldades de deslocamento que normalmente se apresentam. Procurar por terrenos lisos e planos, sem ondulações, cascalhos ou irregularidades. Se possível evitar terrenos arenosos e de terra que dificultam consideravelmente a mobilidade e o cansaço físico.

    2.     Material

        Aconselha-se utilizar materiais macios para indivíduos com dificuldades de percepção. Também, é indicado a utilização de materiais alternativos e adaptados, como por exemplo, calhas para alunos com Paralisia Cerebral ou cadeira de rodas para indivíduos com graves problemas de equilíbrio. Claro que cada acessórios deverá ser utilizado em situações em que existe a necessidade. Proteger os materiais para evitar que os mesmos machuquem os outros participantes. Antes de iniciar a prática esportiva com cadeiras de rodas, proteger a mesma com espumas nas extremidades evitando que o contato com outras pessoas possa lesar ou machucar.

    3.     Regras

        Alterar os regulamentos das modalidades e da forma de jogo, incluindo novas regras que atendam as necessidades do grupo participante. Alterar o sistema de pontuação ou o objetivo do jogo proporcionando êxito por parte dos participantes, mantendo assim o interesse e a motivação constante. Adaptar as regras do jogo, da brincadeira ou da atividade permitindo o máximo de igualdade entre os participantes.

    4.     Habilidades

        Antes do início de qualquer atividade os participantes deverão ser consultados sobre possíveis dificuldades motoras ou técnicas que dificultem movimentos e gestos desportivos. O deficiente deve ser estimulado a tentar e a descobrir suas potencialidades e possibilidades, porém, as tarefas devem ser adaptadas para que o mesmo consiga o êxito e motive-se cada vez mais, e conseqüentemente possa aprimorar seus movimentos e superar os obstáculos constantemente. Utilizar atividades em duplas, trios ou grupos para que um possa auxiliar o outro e assim desenvolver ainda mais a prática de convívio social e trabalho em equipe.

    5.     Aluno ajudante ou colaborador

        Utilizar sempre que possível um aluno ajudante ou colaborador, que terá a incumbência de auxiliar o professor e os demais colegas a realizar as atividades e exercícios. Este aluno colaborador deverá ser substituído sistematicamente pelos próprios colegas da turma, possibilitando assim a oportunidade de todos ajudarem o professor e perceberem sua importância perante a turma.
    Considerações finais
        A prática esportiva por parte dos deficientes físicos está em constante expansão e desenvolvimento. O número de praticantes cresce a cada dia. As pessoas estão deixando de lado antigos e retrógrados preconceitos e desconfianças e estão se utilizando dessa importante e fundamental ferramenta em seus programas de lazer, esportes competitivos ou mesmo fisioterápicos.
        Diversas pesquisas na área estão sendo desenvolvidas, e os benefícios proporcionados pela prática regular de exercícios físicos ou esportes adaptados estão sendo debatidos e expostos pela mídia diariamente. Os educadores físicos e demais profissionais da saúde que trabalham com este público devem estar atentos para as novas descobertas. Além disso, têm a obrigação de participar ativamente do processo de divulgação, propagação e evolução das modalidades esportivas adaptadas.
        A evolução da prática esportiva para deficientes teve um crescimento considerável desde seu surgimento há pouco mais de 60 anos, porém, acredita-se que ainda pode-se contribuir de forma significativa para o futuro e progressão das modalidades adaptadas.
        A legislação contempla a inclusão escolar e social dos deficientes físicos, e, devido a isso, acredita-se que cada vez mais aumentará a participação e abrangência em programas desportivos adaptados. Sendo assim, a parcela maior de contribuição para o desenvolvimento, aprimoramento e evolução dos esportes e exercícios adaptados cabe aos profissionais e professores de educação física.
    Referências
    • ADAMS, R; DANIEL, A; McCUBBIN, J. Jogos, Esportes e Exercícios para o Deficiente Físico. 3ª Ed. São Paulo: Manole, 1985.
    • BORGES, F. P. Educação Física Adaptada: o aprendizado, a vivência e a formação do conhecimento: uma construção acadêmica. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Nº 103, 2006.http://www.efdeportes.com/efd103/efa.htm
    • DUARTE, E. LIMA, S.T. Atividade Física para Pessoas com Necessidades Especiais. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
    • GORGATTI, M. G; COSTA, R. F. Atividade Física Adaptada. Barueri: Manole, 2005.
    • ITANI, D. E; ARAÚJO, P. F.; ALMEIDA, J. J. G. Esporte Adaptado Construído a partir das Possibilidades: handebol adaptado. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Nº 72, 2004.http://www.efdeportes.com/efd72/handebol.htm
    • MELO, A. C. R; LÓPEZ, R. F. A. O esporte adaptado. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Nº 51, 2002. http://www.efdeportes.com/efd51/esporte.htm
    • OLIVEIRA, C. B. Adolescência, Inclusão de Deficientes e Educação Física. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Nº 82, 2005. http://www.efdeportes.com/efd82/inclusao.htm
    • ROSADAS, S. C. Atividade Física Adaptada e Jogos Esportivos para o Deficiente. Eu posso. Vocês duvidam? Rio de Janeiro/São Paulo: Atheneu, 1989.
    • WINNICK, J. P. Educação Física e Esportes Adaptados. Barueri: Manole, 2004.

    CIA HOLOS DE DANÇA



                                                          A  Cia  Holos de Dança 
                   tem a direção da coreógrafa e diretora  Soyane Vargas
       
    Integrantes



    Alessandra Gomes

    Carol Araujo
    Dayana Fersa
    Guilherme Almeida
    João Pedro Fraga
    Larissa Gomes
    Nathália Rangel
    Raphael Vitor


    Projeto Social


    Joice Acioli

    Monique Cardoso

    A Cia tem como missão

    Integrar pessoas com e sem deficiência, experimentando novas composições artísticas que superam os limites de cada um, demonstrando que o acesso à arte é um direito de todos, construindo conhecimento e difundindo nossa experiência nesse campo de atuação. 



    se vcs tiveram preconceitos rejeiçao entre outras convido a vcs a entra para esse grupo porq todos temos um direito de ser feliz do jeito q somos