terça-feira, 29 de outubro de 2013

TEATRO ACESSÍVEL



Rio de Janeiro - O Dia Nacional do Teatro Acessível foi comemorado pela primeira vez este ano com a apresentação, na noite de hoje (19), da peça Um Amigo Diferente, o primeiro espetáculo para a infância e a juventude no Brasil a disponibilizar, de forma simultânea, todas as medidas de acessibilidade na comunicação. O evento, no Teatro Ipanema, zona sul do Rio, contou com as presenças da ministra da Cultura, Marta Suplicy, do deputado federal Jean Willys (PSOL-RJ), autor do projeto de lei que criou a data, e de atores e atrizes, entre eles Diogo Vilela, Thiago Abravanel e Bel Kutner.
Instituído em maio deste ano, o Dia Nacional do Teatro Acessível é um dos resultados da campanha Teatro Acessível, Arte, Prazer e Direitos, lançada em 2011 pela organização não governamental (ONG) Escola de Gente. Incorporada este ano pelo Ministério da Cultura como ação e conteúdo de política pública, a campanha tem como objetivo mobilizar governo e sociedade civil para o cumprimento das leis de acessibilidade em qualquer iniciativa cultural.
Na prática, isto significa fazer com que as casas de espetáculos adotem recursos como intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais) e legendas para pessoas surdas; visita aos cenários, programas em braile ou meio digital e audiodescrição para cegos; programas em letra ampliada para pessoas de baixa visão e atendimento prioritário e reserva de assentos. “Ao lutar pelo teatro acessível não estamos inovando em nada, apenas cobrando o cumprimento das leis já existentes no país”, disse a jornalista Cláudia Werneck, fundadora da Escola de Gente.
Criada em 2002, com a meta de trabalhar em prol de políticas públicas de inclusão social, a ONG em seu início não tinha uma atividade voltada para a área cultural. A partir de 2003, porém, incorporou, entre suas ações, o grupo de teatro Os Inclusos e os Sisos, criado por estudantes de artes cênicas da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio).
Sempre usando o humor e a provocação para abordar as questões da inclusão e da acessibilidade, em espetáculos gratuitos, o grupo já completou dez anos de atividades teatrais. Em 2007 conseguiu o seu primeiro apoio [da empresa Oi] com base na Lei Rouanet, e pôde encenar o seu primeiro espetáculo para adultos totalmente acessível.
“Viajamos por todas as regiões do Brasil, sempre fazendo teatro acessível com espetáculos gratuitos, em escolas, quadras esportivas, praças públicas e teatros”, declarou Cláudia Werneck. “Sessenta mil pessoas já viram as diversas peças de nosso teatro gratuito e acessível, mas, apesar disso, a gente sabe que se essa prática não estiver inserida nas políticas públicas o resultado acaba sendo muito pontual”, acrescentou.
De acordo com a responsável pela Escola de Gente, a parceria com o Ministério da Cultura, por meio da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural, permitirá à campanha alçar voos maiores. Um dos desafios é o da adoção pelos produtores culturais das medidas de acessibilidade em seus espetáculos.
“De fato, o orçamento de um espetáculo aumenta quando se oferece a acessibilidade”, reconhece Cláudia Werneck. “Em todas as cidades por onde passamos, fazemos oficinas de teatro acessível aos produtores locais. Este ano fizemos isso em Belo Horizonte, Brasília, Juiz de Fora (MG), Santos (SP) e São Paulo, onde apresentamos Um Amigo Diferente, declarou.
Para Cláudia, os resultados dependem de uma mudança de mentalidade. “À medida em que as pessoas forem se conscientizando disso, os orçamentos vão mudando, vão se abrindo para a diversidade humana, e o que hoje é considerado difícil vai ficando fácil”, ressaltou.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Cia Holos de Dança









Foi realizado ontem a apresentação da Cia Holos de dança no teatro popular. Oscar Niemeyer na semana de Ciência e tecnologia 

 

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Calçadas e acessibilidade

O artigo 5º da Constituição Federal estabelece o que se convencionou a chamar de direito de ir e vir de todos os cidadãos brasileiros. Ou seja, qualquer pessoa, livre ou não de deficiência ou mobilidade reduzida, deve ter o direito de poder chegar facilmente a qualquer lugar. A liberdade a que me refiro neste caso, é aquela que possibilitaria com que caminhássemos pelos passeios públicos sem nos deparar com desníveis, buracos, inexistência de ligação entre ruas e calçadas, rampas fora dos padrões, lixeiras, pontos de ônibus, bancas de jornais, bueiros destampados, ambulantes e pisos escorregadios. 

Utopia ou não, o fato é que esses casos são ainda muito comuns nas mais diferentes cidades do Brasil. Nos países desenvolvidos a legislação de trânsito prioriza o pedestre facilitando sua travessia e forçando a redução da velocidade dos carros. No Brasil ocorre o contrário. O privilégio concedido aos automóveis chega a criar barreiras intransponíveis para quem está a pé. 

Da mesma forma, nossos passeios públicos deveriam facilitar a circulação dos pedestres e possibilitar com que as pessoas com deficiência e seus familiares encontrassem menos ou nenhuma dificuldade para chegar até atendimentos de saúde, cinemas, igrejas, estabelecimentos comerciais, parques públicos, shows artísticos. Locais comuns e que devem ser frequentados por qualquer pessoa, mesmo aquelas sem condições ou com dificuldades de locomoção. Os passeios sem qualidade e os locais inacessíveis inibem a circulação dessas pessoas, levando-as ao isolamento, forçando-as a se concentrarem em espaços fechados e impedindo-as de sociabilizarem-se. 

As calçadas são os ambientes mais democráticos que existem, já que impulsionam as atividades econômicas. Por meio delas chegamos ao trabalho, ao comércio, aos clubes, aos shoppings. A grande questão é que esses espaços, conforme determinam as leis, são de responsabilidade do proprietário do imóvel e talvez por isso nos deparamos com as mais diferentes situações: pisos inadequados, degraus, raízes de árvores, enfim, passeios deteriorados e, o mais grave, inacessíveis. 

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2000, apontam que mais de 14% dos brasileiros convivem com algum tipo de deficiência definitiva. Esse dado pode aumentar significativamente, se incluirmos aí os idosos, os obesos ou os deficientes temporários, como aqueles que estão com algum membro imobilizado, assim como os milhares que se acidentam diariamente no trânsito de nossas cidades. Um estudo do Hospital das Clínicas de São Paulo revelou que idosos e mulheres com sapato de salto alto são as duas vítimas mais comuns de acidades nas calçadas. 

Os Ministérios Públicos e uma parcela significativa das prefeituras municipais têm feito cumprir as legislações que prevêem que prédios de uso público e coletivo possibilitem acesso a todas as pessoas. Mas, de que adianta ter, por exemplo, um banco com rampas e elevadores acessíveis, se as calçadas, que são a principal forma de acesso a esses locais e aos meios de transportes, são inacessíveis? 

A calçada acessível deve atender aos critérios contidos na NBR 9050/2004, da Associação Brasileira de Normas Técnicas. Os Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Creas), instituições que fiscalizam o exercício ilegal dessas profissões, há vários anos têm executado ações fiscalizatórias em parceria com os Ministérios Públicos Estaduais. Essas iniciativas, inclusive culminaram em ações práticas direcionadas a toda a população, como o Guia Prático para a Construção de Calçadas, elaborado pelo Crea de Mato Grosso do Sul, com o apoio de instituições públicas e privadas. De forma prática e, gratuitamente, o guia chega a todas as classes sociais levando informações atualizadas sobre legislações, pisos adequados, rebaixamento de guias, instalação de mobiliários urbanos e até mesmo as espécies de árvores ideais para esse fim. 

Enquanto nos couber a obrigatoriedade de construir e reformar nossas calçadas ou enquanto os poderes públicos não colaborarem executando os passeios, assim como se faz com a pavimentação asfáltica, não cometeremos erros alegando ignorância, já que temos à mão mecanismos gratuitos para que respeitemos nosso semelhante. 

A questão merece realmente muita atenção. Falamos das cidades que deixaremos para as próximas gerações. As soluções já nos bateram à porta. A construção de ambientes acessíveis deve ser cadeira obrigatória nos cursos de engenharia e arquitetura. 

Os órgãos públicos devem fazer cumprir a legislação e, principalmente, os engenheiros e arquitetos são os responsáveis pelos ambientes construídos. Muito nos cabe e já é chegada a hora de se caminhar olhando para o horizonte e não para baixo, desviando dos obstáculos do caminho. 


Fonte: www.crea-mt.org.br 

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

WORKSHOP DE DANÇA INCLUSIVA CIA HOLOS DE DANÇA


                              

 

 FOI REALIZADO  HOJE NA FACULDADE UNIVERSO DE NITERÓI O WORKSHOP DE DANÇA INCLUSIVA .ONDE OS PROFESSORES SOYANE VARGAS E JOSÉ GUILHERME ALMEIDA FALARAM SOBRE A DANÇA INCLUSIVA E O TRABALHO DA CIA HOLOS DE DANÇA