Aneurisma é uma palavra grega que significa Alargamento.
O termo Aneurisma é utilizado para designar uma Dilatação Permanente de um Segmento Vascular.
Consideramos aneurisma uma dilatação de mais de 50% num segmento vascular.
Trata-se de doença de grande risco devido principalmente à possibilidade dele se romper, gerando perda de sangue e conseqüente mortalidade.
A rotura é uma das 10 maiores causas de morte em indivíduos com mais de 50 anos de idade.
São estimadas 1000 mortes por ano na Inglaterra devido a rotura de Aneurismas.
Além da rotura, outras complicações possíveis são a trombose (oclusão) e a embolização (desprendimento de coágulos) com graves repercussões para o organismo.
A incidência dos Aneurismas é elevada:
A localização mais freqüente do Aneurisma é a Aorta Abdominal.
Nos EUA são encontrados 50 aneurismas de Aorta em cada 100.000 habitantes
Na Aorta torácica são encontrados 10 Aneurismas em cada 100.000 habitantes. Nas ilíacas 3 em cada 100.000.
Menos freqüentes, mas não raros são os aneurismas periféricos, destacando-se os da artéria poplítea (atrás do joelho), que corresponde a 70% deles.
2% da
A maioria dos Aneurismas não apresentam nenhuma manifestação clínica; são assintomáticos.
Podem se tornar sintomáticos com o aumento do aneurisma, por compressão de estruturas vizinhas ou na vigência de complicações.
Grandes Aneurismas de artéria carótida ou da Aorta torácica podem levar a dificuldade na deglutição por compressão do esôfago e a falta de ar por compressão da traquéia. população acima de 50 anos;- 5% e
Os Aneurismas Assintomáticos são encontrados ocasionalmente em exames clínicos, quando se localiza perto da pele (carótida, poplíteo, braquial) ou mesmo nos mais profundos, quando o paciente é magro.
Muitas vezes a palpação não permite a realização do diagnóstico, daí a necessidade de utilizar exames complementares.
Alguns aneurismas (poucos) são visíveis em RX simples de abdome.
Ultrassonografia é o exame de escolha para o estudo dos Aneurismas; é um exame rápido, indolor, simples; que permite a medida precisa de sua extensão e diâmetro.
Quando detalhes mais minuciosos são necessários, a Tomografia Computadorizada ou a Ressonância Nuclear Magnética podem ser utilizados.
m homens com mais de 70 anos; - 20% dos parentes de indivíduos com Aneurisma de Aorta Abdominal.
A tendência natural dos Aneurismas é o crescimento lento e progressivo do mesmo, o que ocorre em 80% dos casos. Eventualmente pode também ocorrer a manutenção do tamanho do Aneurisma com o passar do tempo, o que é observado em 20% dos casos.
Os Aneurismas nunca diminuem de tamanho.
Os Aneurismas que evoluem com o aumento de diâmetro (a maioria) geralmente são acompanhados de complicações, sendo a mais freqüente a ROTURA.
A rotura é uma situação de extrema gravidade devido à perda de sangue.
Quando ocorre a rotura de um Aneurisma de Aorta, 50% dos pacientes não conseguem chegar ao hospital e apenas 50% dos que chegam conseguem sobreviver ao evento.
Uma celebridade que teve a infelicidade e não sobreviver foi Albert Einstein.
Hoje em dia, dispomos de mecanismos não invasivos que nos ajudam a encontrar os aneurismas com maior risco de rotura. A medida do tamanho e do ritmo de crescimento dos aneurismas nos oferecem esses dados.
Estudos científicos demonstram que Aneurismas de Aorta Abdominal com diâmetro maior que 5 cm apresentam risco de rotura maior que 10% ao ano.
Aneurismas menores que 5 cm apresentam risco de rotura menor que 5% ao ano.
Aumento de diâmetro superior a 0,5 cm em 6 meses (aumento rápido) é indicativo de rotura.
Existem três formas de se tratar os pacientes com Aneurismas:
- Tratamento Clínico
- Tratamento Cirúrgico
- Convencional
- Endovascular
- Interrupção do Habito de Fumar;
- Controle da Hipertensão Arterial - 40% das roturas são acompanhadas de Hipertensão Arterial;
- Controle da Hiperlipidemia.
- Ultrassonografia;
- Tomografia Computadorizada;
- Ressonância Magnética.
- Cirurgia Convencional para aneurismas assintomáticos - 1 a 3% de mortalidade;
- Cirurgia Convencional para Aneurismas que sofreram Rotura - 80% de mortalidade;
- Cirurgia Endovascular para aneurismas convencionais - 1 a 3% de mortalidade.
Tratamento Clínico
Consiste no controle dos fatores de risco e acompanhamento do tamanho do Aneurisma.
Controle dos fatores de risco:
Acompanhamento do tamanho do aneurisma por:
O tratamento clínico não leva a regressão do aneurisma e dificilmente impede a progressão dos mesmos. Deve ser instaurado nos pequenos, mas havendo aumento significativo de seu tamanho, deve ser indicada a correção cirúrgica do mesmo.
Tratamento Cirúrgico
O objetivo do tratamento cirúrgico é a exclusão do segmento dilatado e substituição por ponte artificial, constituída por tecido sintético.
Hoje dispomos de duas técnicas para realização desse procedimento: Convencional ou Endovascular.
A Cirurgia Convencional para correção dos Aneurismas vem sendo desenvolvida desde a década de 50.
O Aneurisma é manuseado diretamente; a passagem de sangue pelas artérias é temporariamente interrompida e as próteses são costuradas em segmentos normais logo a cima e abaixo do aneurisma. O fluxo é finalmente restabelecido por um novo caminho, evitando o aneurisma, que é retirado.
Após a cirurgia, a maioria dos pacientes é monitorizada em unidade de terapia intensiva por 24 horas a 48 horas e o tempo médio de internação varia de 5 a 7 dias. Após 1 mês de recuperação a grande maioria dos pacientes volta a vida normal.
Tratamento Endovascular
No início da década de 90, um novo método passou a ser empregado para a correção dos Aneurismas de Aorta Abdominal: Correção Endovascular.
Uma endoprótese é introduzida no aneurisma através da artéria femoral (localizada na virilha), evitando-se a realização de incisões abdominais externas.
Essa técnica vem se desenvolvendo de forma muito rápida, e hoje pode ser utilizada em quase todos os casos. É menos invasiva e oferece menor tempo de internação.
Nosso grupo, o primeiro a introduzir essa forma de tratamento no país, vem realizando esse tipo de procedimento há 4 anos com resultados excelentes.
RISCOS CIRÚRGICOS
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