quinta-feira, 5 de abril de 2012

tipos de deficiêcias




Deficiências a nível físico



Dentro deste assunto podemos encontrar variados tipos de deficiências que englobam desde a nível motor, visual, auditivo e mesmo os distúrbios da fala. As causas são muitas e variadas, no entanto as consequências que irão advir destas alterações na pessoa levarão a uma completa mudança na sua própria vida.




Deficiências a nível motor

Deficiência motora consiste numa disfunção física ou motora, a qual poderá ser de carácter congénito ou adquirido.
Igualmente podemos caracterizar a disfunção física como uma paralisia ou paresia, de acordo com o grau de gravidade da deficiência. A paralisia refere-se à perda da capacidade de contração muscular voluntária, por interrupção funcional ou orgânica num ponto qualquer da via motora, que poderá ir do córtex cerebral até o próprio músculo. Enquanto que a paresia diz respeito a quando o movimento está apenas limitado ou fraco, a mobilidade apresenta-se num padrão abaixo do normal, no que se refere à força muscular, precisão do movimento e amplitude do movimento e denota-se uma resistência muscular localizada.
Desta forma, esta disfunção irá afectar o indivíduo, no que diz respeito à sua mobilidade, coordenação motora ou fala. Este tipo de deficiência pode decorrer de lesões neurológicas, neuromusculares, ortopédicas e ainda de má formação.


Tipos de deficiências motoras:
• Monoplegia: Paralisia de um só membro.
• Hemiplegia: Estão afectadas ambos os membros de um lado.
• Paraplegia: Paralisia dos dois membros inferiores.
• Tetraplegia: Disfunção nos quatro membros.
• Amputação: falta de um membro.



Deficiências a nível visual

Consiste na perda ou redução da capacidade visual em ambos os olhos, com carácter definitivo, não sendo susceptível de ser melhorada ou corrigida com o uso de lentes e/ou tratamento clínico ou cirúrgico.
A diminuição da resposta visual pode ser leve, moderada, severa, profunda (que compõem o grupo de visão subnormal ou baixa visão) ou uma ausência total da resposta visual (cegueira).


Os estudos desenvolvidos revelam que podemos distinguir 3 tipos de deficiência visual:


• CEGOS: detêm somente a percepção da luz ou que não detêm nenhuma visão e precisam aprender através do método de Braille e de meios de comunicação que não estejam relacionados com o uso da visão.
• Portadores de VISÃO PARCIAL: apresentam limitações da visão à distância, mas são capazes de ver objectos e materiais quando estão a poucos centímetros ou no máximo a meio metro de distância.
• Portadores de VISÃO REDUZIDA: são considerados indivíduos com visão que podem ter o seu problema corrigido por cirurgias ou pela utilização de lentes.


As principais causas da cegueira e de outras deficiências visuais relacionam-se em amplas categorias:

• Congénitas: amaurose congénita de Leber, malformações oculares, glaucoma congénito, catarata congénita.
• Adquiridas: traumas oculares, catarata, degeneração senil de mácula, glaucoma, alterações relacionadas à hipertensão arterial ou diabetes, doenças infecciosas.



Deficiências a nível auditivo


A deficiência auditiva, trivialmente conhecida como surdez, consiste na perda parcial ou total da capacidade de ouvir, isto é, um indivíduo que apresente um problema auditivo.
É considerado surdo todo o individuo cuja audição não é funcional no dia-a-dia, e considerado parcialmente surdo todo aquele cuja capacidade de ouvir, ainda que deficiente, é funcional com ou sem prótese auditiva.



• Diferença entre surdez e deficiência auditiva 


Por vezes, as pessoas confundem surdez com deficiência auditiva, contudo, estas duas noções não devem ser encaradas como sinónimos.
A surdez, sendo de origem congénita, é quando se nasce surdo, ou seja, não se tem a capacidade de ouvir qualquer som. Por consequência, surge uma série de dificuldades na aquisição da linguagem, bem como no desenvolvimento da comunicação.
Por sua vez, a deficiência auditiva consiste num défice adquirido, isto é, quando se nasce com uma audição perfeita e, devido a lesões ou doenças, a perdemos. Nestas situações, na maior parte dos casos, a pessoa já aprendeu a comunicar oralmente, porém, ao adquirir esta deficiência, terá de adoptar outro tipo de comunicação como, por exemplo, a linguagem gestual.
Em certos casos, pode-se recorrer ao uso de aparelhos auditivos ou a intervenções cirúrgicas (dependendo do grau da deficiência auditiva) a fim de minimizar ou corrigir o problema.


Distúrbios da fala

O distúrbio da fala consiste num impedimento ou dificuldade de comunicação através das palavras, isto é do discurso articulado. A fala pode ser subdividida em dois estágios: concepção – formulação – e produção – articulação e fonação. O desenvolvimento da fala nas crianças começa com a associação de sons a pessoas e objectos, sendo que a compreensão normalmente precede a vocalização em alguns meses. A fase do balbucio, em que a criança brinca com os sons da fala, é provavelmente estrutural para o desenvolvimento desta, sendo, posteriormente, a leitura incitada, visto que se encontra intimamente relacionada à fala e envolve a associação de símbolos audiovisuais.
A fala compreende a coordenação de diversos aspectos do funcionamento cerebral, como a nível dos sentidos, e disfunções nestes sectores cerebrais levam a diferentes formas características:

• Atraso de Linguagem - Podemos considerar neste caso, crianças que apresentam uma "fala inteligível",i.e., que não pode ser compreendida. Ex: A criança que utiliza mais o gestos do que a fala para se comunicar.

 Dislalia - Troca, omissões ou acréscimos de fonemas na fala. Ex: A criança que fala "Tapo" ao invés de "Sapo".

• Disfonia - É mais conhecida como rouquidão, podendo acontecer em adultos ou crianças, causada por um problema orgânico(Ex: Nódulo) ou um problema fisiológico(Ex: Abuso vocal).

• Deglutição Atípica - Este problema está relacionado a uma alteração da arcada dentária consequente de um possível mau posicionamento de um dos orgãos da fala(Lábios ou Lingua), podendo acontecer casos de origem genética.

• Distúrbios de Leitura e Escrita - São os erros gramaticais ou fonéticos na escrita e dificuldades na leitura. Ex: A criança que escreve "Cato" ao invés de "Gato". A criança que ao ler pula palavras ou linhas. Não podemos esquecer da Discalculia, que é uma dificuldade matemática. Ex: Inversões de números ou dificuldade na interpretação de problemas.

• Disfemia - É a famosa Gagueira.

• Deficiência Auditiva - É uma diminuicão da audição, que afecta a comunicação oral dependendo do seu grau e tipo.

• Doenças Neurológicas - São lesões que afectam o Sistema Nervoso Central(Congênitas ou Adquiridas), causando alterações na fala, voz ou linguagem. Ex: Paralisia Cerebral, Deficiência Mental, Autismo e Síndrome de Down.

• Fissura Lábio-Palatal - Deformidade orgânica, que tem como causa principal a hereditariedade e que acomete os orgãos da fala, acarretando uma nasalidade acentuada e uma grande alteração na arcada dentária.

• Problemas de Dicção - Alterações na articulação das palavras. Ex: Indivíduos que falam muito rápido, prejudicando a fala.

• Afasia - Transtorno de fala e linguagem que surge em indivíduos que sofreram acidentes vasculares.

• Reabilitação de Laringectomizados - Tratamento de indivíduos que sofreram uma Laringectomia, retirada cirúrgica da laringe, e que perderam a capacidade de falar.

Na infância, os distúrbios da fala podem apresentar diferentes causas. Muitas vezes, a criança não é estimulada ou não tem modelos correctos de comunicação ou, em outros casos, pode ocorrer alteração nos órgãos periféricos (ouvidos, estrutura fono-articulatória), no sistema nervoso central, ou deficiências anatómicas, como a fissura labial. Há ainda a probabilidade do distúrbio ter origem emocional.

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